0002 – Elvis Presley | Elvis Presley (1001 Álbuns)


É interessante notar como esse cara é famoso. Muitas pessoas, se não todas, o conhecem. Mas nunca tinha ouvido nenhuma música dele (ou pelo menos que eu me lembre ser dele). Foi bom começar essa série dos 1001 Álbuns, pois ao que tudo indica irei ouvir todos os CD´s do Elvis.

Mas sinceramente espero que os demais sejam melhores do que este. Não é ruim, e nem poderia dizer que é, afinal ele é o Rei, e quem sou eu para reclamar de um Rei? Mas também não achei nada excepcional. Claro que devemos lembrar que o disco é de 1950 e influenciou muito a história da música, e se hoje eu considero o som comum, é porque foi ele o criador daquilo que eu chamo "comum", então me curvo a tal talento. Mas, para deixar claro, tal disco não estará entre os meus favoritos.

E agora vamos falar dessa capa: Lindíssima. Uma foto inusitada e subversiva para a época (e sinceramente, até para a atualidade, onde vemos uma ênfase tão grande em se criar uma pose gloriosa para os artista. Este tipo de capa só funciona quando a pessoa é realmente muito boa no que faz, o que por si só, sustenta sua imagem de Rei. Se você lançar um CD, e fizer uma cara dessas, pode ficar forçada ou estranha, mas não acho que isso ocorra com o grande Elvis. Tenho que confessar, isso é para poucos.

Sobre a Obra: "Não é nenhuma jóia rara. De fato, quando tocado para os ouvidos do século 21, habituados à arte e à técnica da produção de um bom álbum, o primeiro LP de Elvis Presley mostra-se frustrante e inconsistente. [...] No entanto o álbum tem magia, e muita; revoluções já aconteceram por menos do que isso."

0001 – Frank Sinatra | In The Wee Small Hours (1001 Álbuns)



Sobre o Álbum: Com uma voz simples e maravilhosa, com um som forte e ao mesmo tempo melódico e com extrema limpidez, Frank Sinatra me conquistou. Sempre ouvi falar dessa grande figura, mas nunca havia ouvido nada cantado por ele. Confesso que me arrependo, ainda mais depois de se saber os motivos deste ser considerado um dos 1001 melhores álbuns de todos os tempos (veja porque logo abaixo). Fantástico. Aprendi que para fazer música, não é preciso “muito”, apenas talento e criatividade. :P

E agora vamos falar dessa capa: Fantástica, certo? Olha a expressão de tristeza e solidão, da qual o álbum inteiro fala (e mesmo se você não entender Inglês, poderá sentir de forma simples e poderosa essa solidão, tudo através de uma melodia dramática e melancólica e claro, estampada nesta capa, a qual acompanha de forma correta toda a proposta do álbum). Sempre acho estranho colocar o cantor na capa (parece-me um pedantismo artístico, e isso acontece principalmente em álbuns gospel). Entretanto, aqui nada poderia superar esse olhar e toda a construção em azul e cinza atrás da figura marcante que foi o Sinatra, misturando mistério, melancolia e tristeza.

Sobre a Obra: In The Wee Small Hours foi lançado pouco depois de o romance entre Sinatra e Ava Gardner ter terminado, e esse rompimento talvez tenha tornado este o melhor álbum de todos os tempos sobre o tema da separação. O Sinatra do imaginário popular, aquele sujeito meio malandro, sempre com uma piada na ponta da língua, não aparece aqui – ele é um homem, apenas. (Adaptei esse trecho diretamente do Livro 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer). Os álbuns dessa época geralmente eram compilações aleatórias de um intérprete, e não uma lista deliberadamente escolhida e ordenada. Já In the Wee Small Hours continha apenas baladas, organizadas em torno de um tema central de isolamento nas horas da madrugada e a dor da perda de um amor. A sequência é iniciada com a entristecida faixa de abertura, que foi especialmente escrita, e segue com uma seleção de músicas arranjadas em um andamento lento e nostálgico. Maravilhoso! (Esse último trecho eu adaptei da Wikipedia). Muito recomendado para quem gosta de sentir momentos de “fossa” (eu adoro, as vezes, claro!). :P

Minha Nova Missão (1001 Álbuns)


Tenho pensado quais seriam os critérios objetivos, ou mesmo subjetivos, para se definir o que seria uma boa música. Assim como entender qual deveria ser a melhor opção para aquilo que chamamos de música gospel. Acho que consigo resumir dois pontos que aprendi até agora:

1-) Aprendi que não existe, ou não deveria existir, uma separação entre música e arte. Em outras palavras, o principio de toda e qualquer música (olha como estou sendo enfático) é ser arte. E com isso, muito das produções existentes por aí (tanto no gospel como em outros estilos musicais) caem por terra. Muitas acabam por ser apenas proselitista ou, pior, um mera caça níqueis (ou seja, músicas feitas para ganhar dinheiro e/ou aceitação).

2-) Ok, você pode estar se perguntando nesse momento: o que é arte? Então, isso é complicado, mas como afirmei que muitas músicas, para mim, caem por terra, então preciso me justificar. Arte seria o uso da estética (em suas mais variadas formas) objetivando a sensibilização do ser humano, levando-o a uma nova esfera de conhecimento/percepção sobre o mundo que o cerca. A arte é o complemento da ciência, pois nem todas as coisas podem (ou devem) ser descobertas de forma racionalista (veja que não usei o termo "racional", mas racionalista, pois não acredito que a mera utilização dos sentidos humanos venham a ser, por si só, irracional).

Dito isso, afirmo que são muitas as formas que a artes tem de nos conduzir a uma mostra daquilo que costumamos definir como sendo a "realidade". Na verdade, prefiro definir como sendo uma "realidade percebida", pois, afinal de contas, não acredito que seja nossa percepção que torna real um objeto ou sentimento (não é porque notamos algo que ele existe, é justamente o contrário, conseguimos notá-lo, pois são reais - embora seja possível viver sem nunca perceber algo - ficou confuso ou deu para entender? rs). E aqui entra a explicação para todo esse meu falatório filosófico: Quando vi esse livro (o da foto acima), logo pensei: Puxa, existe uma lista de 1001 álbuns (discos ou CD´s, como você preferir) que eu tenho que ouvir antes de morrer e nunca haviam me contado? (eu sei, o título é mais propaganda do que realidade, mas achei a reflexão válida assim mesmo, ok?).

E aqui tenho que explicar meu ceticismo. Não faz muito tempo que comecei a notar como existem diversos meios que podem transformar como "percebo a realidade", e nunca tinha parado para pensar que um deles era justamente aqueles 1001 CD´s. Confesso que o que irei propor agora pode parecer loucura para muitas pessoas, e isso me preocupa (tanto por eles, como por mim). Mas minha ideia é ouvir esses 1001 Álbuns e dizer aqui o que eu achei de cada um deles e, quem sabe, indicar no que eles me ajudaram a entender a beleza do mundo e da vida. E quem sabe, nessa jornada, descubro novos parâmetros para entender melhor a própria arte (cristã ou não) a qual nunca pode ser separada do próprio contexto social a nossa volta.

Bem, me desejem sorte. E vamos que vamos. Tomará que Deus me ajude nesse jornada (sim, acredito que Deus poderá me ajudar nisso, afinal, Ele pode ter uma mensagem a me dizer com tudo isso). Se no final nada aprender (ou não existir uma mensagem), ao menos terei algo para contar.